quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

No zóinho do furacão!

Que curva é essa
onde me perco
bato contra o muro
concreto
partido.
Que curva é essa
onde vc se perde
de mim
de nós
Cavamos trincheiras
abrimos buracos
vãos entre nós
Hiatos.
A 300 km por hora
nessa estrada cheia de curvas
faróis desligados
freios quebrados
Derrapo nos teus mau humores
escondo os ardores
e choro .
Deliberadamente choro
por uma noite inteira
pra inundar as cavidades
Tempestade.
Olho vc dormir
e acabo por renovar votos
em mim
de ser feliz
custe o preço que custar
ou o tempo que demorar
E hoje me levanto
seca
partida
confusa
Demorou pra que ouvisse seu primeiro som
pensei em fugir pra sempre de ti
tomar outro rumo
sumir
Aí me vens com uma alívio imediato
depois de me jogar na fogueira
me isenta das culpas que não tenho
me pede tranquilidade
fala de planos em nós
Respiro.
Coração cambaleante
Não acredito no tempo
mas confio no instante.
Penso na incapacidade de te fazer feliz
visão derrotista de mim mesma
Depois me laça nos braços
Abraço
e te deixo partir.
Coração
inundado
por teus lábios
salgados.

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